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As plantas que utilizamos são consideradas vulgares e ordinárias. O trabalho tensiona aquilo que tem valor e o que não tem valor. Discute a economia das flores utilizadas na decoração de festas, as tendências da moda, os símbolos de luxo e a ideia de riqueza associada ao poder de consumo.

Cada florista contratado executa um arranjo utilizando todo o capim que recebe, seguindo seus próprios princípios de estilo, gosto e composição. Posteriormente cada arranjo é fotografado e filmado. As fotografias são apresentadas acompanhadas por seus títulos que referenciam os locais das coletas.

NATUREZA MORTA

SÉRIE FOTOGRÁFICA, ARQUIVO DE IMAGENS, ÁUDIO E VÍDEO

2012/2015

Natureza Morta, Rio de Janeiro, thislandyourland, 2015.

A série fotográfica retrata arranjos florais que foram construídos por floristas contratados por nós, utilizando espécies de capins e ervas daninhas encontrados e coletados durante viagens e caminhadas.

A série foi produzida durante percursos em regiões diferentes, como nas estradas da Bahia, em áreas minerárias de Minas Gerais e na zona oeste do Rio de Janeiro. Nesses percursos identificamos e coletamos vegetações espontâneas em terrenos baldios, calçadas, avenidas, borda de praias, morros e canais, em muros, beiras de estradas etc. Cada conjunto de plantas é guardado para constituir um arranjo que se relaciona com o local de onde foi retirado, criando uma espécie de cartografia das regiões.

O arquivo de imagens é composto por fotografias de arquivo, mapas, reproduções de pinturas, desenhos e gravuras de diferentes contextos, pequenos textos descritivos que constroem um imaginário dos locais por onde caminhamos.

A obra Natureza Morta (MG/BA) faz parte do acervo do Museu de Arte da Pampulha (MAP).

 A obra Natureza Morta (RJ) faz parte do acervo do Museu de Arte do Rio (MAR).

Registro fotográfico do florista confeccionando arranjo floral.

Registro fotográfico da exposição Outros Lugares, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, 2012.

No áudio, o florista Vinícius Albuquerque é entrevistado por nós, e narra histórias e experiências de sua profissão, fala da economia das flores utilizadas na decoração de festas, da noção de estilo e valor, da indústria das festas e da geopolítica das flores.

O vídeo enquadra um arranjo floral e o movimento sutil, fazendo uma apologia da vida das coisas.

Registros fotográficos da coleta, Rio de Janeiro, thislandyourland, 2015.

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