VIDA SEM SALÃO DE FESTA
OCUPAÇÃO EXPERIMENTAL
2010/2012
Ocupamos um terreno com ações temporárias do corpo com a terra: capinar, mover terra, plantar, deslocar espécies do cerrado para o terreno, construir fogão com pedras encontradas no local, cozinhar, realizar festa de aniversário, construir acampamento, gerando uma espécie de espaço em transformação permanente. Em ações simples do corpo com a terra encontramos motivos de prazer e qualidade de vida. Os experimentos tensionam as ideias de lazer na sociedade neoliberal/capitalista.
O título do trabalho se opõe ao salão de festa, encontrado em muitos pilotis de edifícios hoje no Brasil. O salão veio substituir o espaço familiar do encontro e se tornou objeto de desejo de muitos como sinônimo de qualidade de vida. Por trás dessa ideologia do bem-estar, que se espalha por diversas camadas sociais, soma-se o poder de consumo de bens, de serviços de vigilância e de ascensão social. Neste modelo de vida, quanto maior o consumo maior o desenvolvimento. Entretanto, pode-se afirmar que não são os padrões de consumo que constituem a riqueza em si.